Neon já caminha para virar o mais novo unicórnio brasileiro.
A Neon Pagamentos S/A, uma das maiores fintechs do Brasil e que oferece conta digital desde 2016, acaba de anunciar que recebeu uma nova rodada de investimentos. Dessa vez a fintech recebeu o aporte de R$ 400 milhões do Banco Votorantim e da General Atlantic.
De acordo com a Neon, o dinheiro recebido será utilizado pela fintech para aumentar a participação, a empresa usará o valor para crescer fora do eixo Rio-São Paulo, para isso vai aumentar os investimentos em marketing, publicidade e tecnologia, pois pretende lançar novos produtos e serviços para se tornar ainda mais competitiva.
O Banco Votorantim liderou a rodada de investimentos, o banco tradicional já é o banco liquidante/custodiante da fintech.
Com mais de 2 milhões de contas ativas, a fintech oferece conta digital tanto para Pessoas Físicas quanto para Pessoas Jurídicas (Neon Pejota).
Em meio a forte concorrência a fintech liberou, em Outubro, transferências e boletos ilimitados. Além disso, aumentou a quantidade de saques para quem é Neon+, agora a empresa oferece até 4 saques de graça por mês.
Para crescer no segmento de contas jurídicas a fintech paulistana já havia anunciado a compra da startup MEI Fácil em Setembro de 2019.
Com mais dinheiro em caixa, a Neon ganhou folego para enfrentar a forte concorrência do setor. Além de brigar com as fintechs, a empresa ainda enfrenta a concorrência de bancos tradicionais que vêm lançando contas digitais e carteiras de pagamentos; bem como se prepara para a chegada de dois bancos digitais da Europa que, recentemente, anunciaram que vão lançar produtos financeiros no Brasil: o Revolut e o N26.
Além da conta digital para PF e PJ, a Neon também oferece um cartão de crédito internacional com bandeira Visa sem anuidade aos seus clientes. Enquanto na conta pessoal o modelo de negócios é quase que 100% sem tarifas (exceção caso o cliente exceda a quantidade de saques gratuitos), na conta PJ o cliente paga por cada serviço que, eventualmente, utilizar.
Devido ao modelo de negócio praticamente isento de tarifas, para se tornar sustentável a startup precisará aumentar ainda mais a base de clientes, o que poderá ser viabilizado a partir dos R$ 400 milhões recebidos. Além de aumentar a base de clientes lançar novos produtos financeiros como empréstimos e seguros se torna cada vez mais necessário no modelo “feeless” (sem tarifas).