Tim terá parceria inovadora com banco digital no Brasil para transformar linhas pré-pagas em contas digitais.
A Tim Brasil fez uma conferência para seus acionistas no qual divulgou qual será a sua estratégia de mercado no país para os próximos três anos (2020-2022), dentre a principal novidade está a transformação do serviço móvel em uma espécie de conta digital, o que permitirá que os clientes da operadora utilizem a linha como se fosse uma conta bancária.
Conta digital ficará disponível aos mais de 53 milhões de clientes da operadora já no primeiro semestre de 2020.
Para ajudar na bancarização dos brasileiros, Tim quer transformar linha móvel em conta bancária através de parceria com um banco digital.
Sem dar muitos detalhes, a Tim informou que estuda a liberação do saldo das recargas para pagamentos de produtos e serviços. A ideia é que o correntista possa inserir créditos na linha e, além de ligações e serviços, utilizar os valores para compras no dia a dia, tal como se fosse um cartão de débito.
Para justificar o lançamento de uma conta digital “dentro” dos chips da operadora, a Tim lembrou que no Brasil 79% da população possui uma linha móvel, contra, apenas, 27% dos brasileiros que possuem cartão de crédito e 59% que tem ao menos um cartão de débito.
Ao ativar uma linha móvel em uma loja, por exemplo, a operadora já poderá oferecer a conta gratuita ativada no chip.
TIM FARÁ JOINT VENTURE COM BANCO DIGITAL
De acordo com o presidente-executivo da Tim, Pietro Labriola, a operadora não pretende virar um banco no Brasil, em vez disso, fará parceria com um banco digital a ser divulgado em breve.
O banco digital será o responsável por gerir os produtos e serviços financeiros que poderão ser incorporados as linhas móveis. Além de usar a linha como cartão de débito, a operadora também estuda a oferta de outros serviços financeiros, dentre os quais: pagamento de contas, investimentos, linhas de crédito, portabilidade de salário e seguros.
A instituição financeira escolhida pela Tim já possui aval do banco central para atuar como banco múltiplo e, portanto, poderá oferecer um rol completo de produtos e serviços financeiros aos clientes da operadora.
A relação de tarifas da nova conta digital ainda está sendo acordada com a instituição financeira.
A fintech parceira sairá ganhando pois poderá usar a base de clientes da operadora, cujo número é superior a 53 milhões, para alavancar o número de correntistas.
A expectativa é de que a oferta de serviços financeiros em parceria com um banco digital ocorra ainda no primeiro semestre de 2020.
No Brasil várias operadoras já tentaram desenvolver produtos financeiros pelo celular mas seus serviços acabaram não vingando. A Vivo, por exemplo, oferecia a conta Zuum aos seus clientes, serviço que foi descontinuado em 2018.
