Bradesco comprou o BAC Florida Bank para expandir serviços internacionais para consumidores de alta renda.
Nesta segunda-feira (06) o Banco Bradesco anunciou em comunicado aos seus investidores a compra do BAC Florida Bank – um banco dos Estados Unidos – por US$ 500 milhões. A compra da instituição norte-americana não visa a expansão internacional e sim a ampliação de produtos e serviços para consumidores de alto poder aquisitivo, principalmente aqueles que são não-residentes.
Com 10 mil correntistas o BAC atua principalmente na Flórida, mas abre conta pela internet para residentes em 49 estados dos Estados Unidos.
Aquisição do BAC mira oferta de produtos como: conta-corrente, financiamentos e investimentos para consumidores de alta renda. (imagem: logo BAC Bank / reprodução)
De acordo com o comunicado, a compra do BAC permitirá que o Bradesco oferecerá produtos financeiros no exterior. Os correntistas do Bradesco Prime e Private Bank, por exemplo, vão poder investir nos Estados Unidos como se estivesse investindo no Brasil.
O BAC Florida Bank não estava à venda, mas foi sondado pelo banco brasileiro por ter as características que a instituição precisa. Com foco em investidores de alta renda o BAC oferece principalmente investimentos e crédito imobiliário, sendo líder no segmento de crédito imobiliário para clientes de alta renda na Flórida.
O banco norte-americano têm mais de 45 anos de atuação.
Para que a operação seja concluída o Bradesco precisará passar por um longo processo de aprovação junto a órgãos reguladores – tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos – processo esse que não deverá durar menos de seis meses.
O Bradesco deve manter normalmente a atuação do BAC – tanto para brasileiros quanto para americanos e estrangeiros de outras nacionalidades – visto que a aquisição tem foco nos produtos e serviços que já são oferecidos pelo banco em solo americano: investimentos, conta-corrente, cartão de crédito e financiamento imobiliário.
A estratégia do Bradesco é da que foi adotada pelo Banco do Brasil, que comprou um banco norte-americano (BB Americas), mas deixou a subsidiária independente, inicialmente o banco brasileiro permitia transferências entre contas BR-EUA sem custo, mas, recentemente, removeu essa opção.
