TransferWise ultrapassa Caixa em remessa ao exterior

Se fosse um banco, TransferWise já seria a quinta maior instituição financeira do país em volume de dinheiro enviado para o exterior.

Quando o assunto é câmbio a TransferWise têm lugar de destaque, a multinacional atua em vários países e oferece envio de dinheiro ao exterior até 8x mais barato do que nos bancos tradicionais. No Brasil é evidente o crescimento da startup de câmbio, pois ela acabou de ultrapassar a Caixa Econômica Federal (CEF) em volume de envio para o exterior.

No Brasil o crescimento da TransferWise pode estar apenas começando, isso porque a empresa já lançou silenciosamente no país a Borderless, modalidade de conta que permite que o correntista obtenha dados bancários em vários países, podendo manter saldo em Dólar, Euro, Libra, etc, são mais de quarenta moedas.

Borderless Multimoeda TransferWise

Uma conta, várias moedas. Um “banco”, vários países! Borderless TransferWise no Brasil deve ampliar ainda mais a participação no câmbio da empresa no país. (imagem: divulgação TransferWise).

O ponto forte do TransferWise está na transferências nas taxas cobradas, além disso, a empresa utiliza a cotação “real” da moeda estrangeira, que é aquela próxima a cotação comercial e que aparece no “Google”.

Enquanto nos bancos tradicionais as taxas variam entre R$90,00 a R$700,00 + spread bancário; com a TransferWise o spread bancário é quase zero e o custo da transação gira em torno de 1,5%.

BANCOS REAGEM AO CRESCIMENTO DA TRANSFERWISE

Ao que tudo indica os bancos tradicionais começaram a ficar incomodados com o crescimento da empresa de câmbio. O Itaú Unibanco, por exemplo, passou a permitir a compra de moeda estrangeira e o envio e recebimento de remessa ao exterior pelo aplicativo.

O Santander também agiu, a instituição retirou os custos para receber transferências e passou a cobrar dos clientes Pessoa Física apenas o spread na cotação do câmbio.

O motivo de tanta preocupação dos bancos tradicionais pode estar relacionado ao anúncio da vinda do N26 e do Revolut ao Brasil, dois gigantes europeus cujo foco está, justamente, na oferta de contas multimoedas, algo que pode reduzir significativamente as taxas de câmbio no país.

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