Um recorde: 2,39 milhões de CPFs na B3.
No acumulado do ano a Ibovespa registrou recuo de 31%, mesmo assim o número de investidores na B3 não para de crescer! Só em Abril de 2020 a bolsa brasileira registrou a entrada de 115 mil novos CPFs, um recorde.
O movimento chega em um momento em que os investidores estrangeiros estão retirando dinheiro do país à nível também recorde, principalmente devido ao aumento do grau de risco e queda da Selic.
Embora em países de primeiro mundo investir na renda variável seja algo comum, em países subdesenvolvidos como o Brasil isso representa um risco, pois por aqui a educação financeira não é um tema amplamente conhecido pelos brasileiros.
Muitos estão entrando na euforia na tentativa de ganhar dinheiro, já que muitos investimentos da renda variável mal cobrem a inflação devido a forte redução da taxa básica de juros, o que mostra uma tentativa desesperada do Banco Central de estimular as pessoas a consumirem.
INVESTIDOR INICIANTE SE ARRISCA NA RENDA VARIÁVEL
Embora esse forte aumento no interesse dos brasileiros pela renda variável seja comemorado por muitos investidores da B3, o movimento é preocupante pois faz com que muitos investidores inexperientes se aventurem na renda variável neste momento tão delicado da economia.
Além da busca por maiores retornos, a queda da taxa de juros foi outro motivo que levou os brasileiros a partirem para a compra de ações.
Já entre os que se mantiveram conservadores, o número de aportes na caderneta de poupança e no Tesouro Direto atingiram volume recorde no mês de Março em Abril.
A forte queda da Selic – com sinalização que vai chegar a 2,5% na próxima reunião do BC – deve estimular ainda mais a aventura dos brasileiros; no final de Novembro de 2019 a B3 tinha cerca de 1,6 milhão investidores ativos e, agora, cinco meses depois, número chega a 2,3 milhões.
Para quem decidiu se aventurar na Bolsa de Valores vale a pena fazer um gerenciamento de risco; jamais colocar em ações aquilo que você não está disposto a perder: “O fundo de hoje pode ser o topo de amanhã”.