Empresas podem pagar pelo Pix tanto no envio quanto no recebimento

PJ, dependendo da instituição, pode ter que pagar tarifa no Pix tanto no envio quanto no recebimento.

Nesta quinta-feira (29), o chefe adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central, Carlos Brandt, falou em uma coletiva à imprensa que as pessoas jurídicas podem ter que pagar pelo Pix tanto no envio quanto no recebimento de dinheiro. O anúncio foi feito logo após um jornalista questionar se a gratuidade do Pix para Pessoa Física poderia ser estendida para as empresas.

Integração Pix

PJ pode ter que pagar tarifa tanto no envio do dinheiro quanto no recebimento, diz Bacen. As instituições financeiras terão independência para cobrar tarifa das empresas, embora a tendência seja de isenção por parte de algumas instituições.

De acordo com Brandt, o Pix será gratuito e ilimitado para as Pessoas Físicas, desde que a solução não seja utilizada com finalidade comercial.

as pessoas que usarem o Pix para receber ou enviar pagamentos comercialmente (com finalidade comercial) podem ser cobradas pelas instituições financeiras, que ficarão livres para decidir o quanto cobrarão de tarifa. Já há algumas instituições financeiras que anunciaram que darão isenção de tarifa para os MEIs (Microempreendedores Individuais) e para as micros, pequenas e médias empresas.

PIX PODE TER TARIFA TAMBÉM NO RECEBIMENTO

Ao contrário das transferências interbancárias via DOC e TED em que as pessoas e empresas só pagam tarifa no envio, o Pix do Banco Central pode ter um modelo de tarifa tanto no envio quanto no recebimento do dinheiro. As empresas e pessoas que utilizarem a solução instantânea de pagamento poderão pagar tarifas em dois momentos, são eles:

  • ENVIO – Poderá ser cobrado tarifa no momento em que as empresas realizam transferências;
  • RECEBIMENTO – Uma empresa que recebe pagamento pelo Pix pode ter que pagar tarifa assim que receber valores pela solução, tal como ocorre com as vendas com maquininhas de cartões, por exemplo;

Embora exista a possibilidade real de pagar tarifa no envio e no recebimento, a tendência é que algumas instituições financeiras passem a isentar as micro, pequenas e médias empresas para conquistar uma fatia desse mercado. O Nubank, por exemplo, já anunciou que não cobrará tarifa de envio/recebimento dos Microempreendedores Individuais (MEIs).

Tal como nas empresas de cartões, a tarifa cobrada das empresas poderá ser um percentual do valor recebido, mas a expectativa é que a porcentagem cobrada seja muito inferior ao custo de receber pagamentos com cartões de crédito e débito, dado que o Pix é muito mais barato para as instituições financeiras.

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