Consórcio contemplado e quitado poderá ser resgatado em dinheiro antes do fim do grupo.
O Banco Central flexibilizou de forma temporária as regras para resgate em dinheiro de cartas de crédito contempladas em consórcios, tal iniciativa visa injetar dinheiro na economia.
Principais pontos:
- Carta de crédito precisa estar contemplada;
- Consorciado deve estar com o plano quitado, isto é, não pode ter nenhum saldo devedor com a administradora do consórcio;
- Flexibilização é temporária e, portanto, vale por tempo limitado;
Medida do Bacen é temporária e visa a injeção de dinheiro na economia sem que o consorciado precise usar o valor da carta de crédito para adquirir um bem imóvel. (divulgação)
De acordo com o BC, quem possui carta de consórcio imobiliário contemplada poderá solicitar o resgate do valor em dinheiro na conta bancária em vez de ser obrigado a adquirir um imóvel.
A regra, no entanto, só vale para os consorciados que tenham conta contemplada – seja por lance ou sorteio – e que estejam com o consórcio 100% pago.
Nos casos dos contemplados, mas que ainda possuem valores a pagar, será possível dar um lance para quitar o consórcio e, dessa forma, ter direito a solicitar o valor da carta de crédito em dinheiro na conta bancária.
ANTES, RESGATE EM DINHEIRO SÓ NO FIM DO GRUPO DE CONSÓRCIO
Antes da flexibilização do Banco Central, quem tinha um consórcio imobiliário contemplado e quitado só conseguiria resgatar o valor em dinheiro, isto é, sem necessidade de usar a carta para adquirir um imóvel, caso o grupo do consórcio fosse finalizado e todos os consorciados contemplados.
Ainda de acordo com o BC, essa flexibilização será aplicada de forma temporária e por tempo limitado.
Segundo estimativa do órgão regulador, o Brasil possui cerca de R$ 34 bilhões em créditos de cartas contempladas e que estão paradas, seja porque o consorciado não consegue encontrar um imóvel ou porque desistiu de adquirir o bem.
A expectativa é de que as pessoas que possuem consórcio contemplado e possuem dinheiro para quitar o saldo devedor usem essa flexibilização para resgatar o valor total da carta de crédito e, consequentemente, utilizar o valor de outras formas.
Há consórcios que permitem a quitação do saldo devedor com o saldo da própria carta contemplada, o que pode, por exemplo, facilitar a saída daqueles que desistiram do consórcio.
