Mercado financeiro projeta queda da Selic para 2% nesta semana

Mercado prevê Selic a 2% em 2020; 3% em 2021 e 6% em 2023.

Nesta terça (03) e na quarta-feira (04), haverá uma reunião do Comitê de Política Monetário (Copom) do Banco Central que, dentre outros assuntos, discutirá a manutenção ou alteração da taxa básica de juros, a Selic. A expectativa do mercado financeiro é que a Selic sofra mais uma redução, dos atuais 2,25% para 2% ao ano.

Taxa de Crédito Imobiliário

Mercado prevê a última redução da taxa de juros em 2020. No longo prazo, no entanto, a tendência é que a Selic aumente, podendo chegar a 6% em 2023.

As expectativas de mercado estão no último Boletim Focus divulgado semanalmente pelo Banco Central, estimativa que leva em conta os principais indicadores econômicos do país.

A tendência, segundo o mercado, é que essa seja a última redução da taxa de juros de 2020. Vale lembrar que a Selic já está no menor patamar histórico. A redução da taxa de juros causa uma pressão nos investidores da renda fixa, visto que as aplicações mais conservadoras acabam rendendo ainda menos.

O movimento de redução da Selic também pode impulsionar a migração dos investidores para a renda variável. Vale lembrar que a B3 ganhou um número recorde de novos CPFs nos últimos meses, impulsionado pela busca de maiores rentabilidades.

SELIC EM 6% EM 2023

A redução da taxa de juros não deve durar muito tempo no Brasil. De acordo com especialistas, a expectativa é de que a Selic chegue a 3% já em 2021 e, no final de 2023, atinja o patamar de 6% ao ano.

Como a demanda pelo consumo está muito baixa, reflexo da crise, a tendência é que a taxa de juros só comece a aumentar a medida que a demanda do consumo comece aumentar, a Selic mais alta poderá conter a demanda aquecida que, inevitavelmente, causa reflexo nos preços, pois os juros mais altos encarecem o crédito e, ao mesmo tempo, estimulam o empreendedor a poupar.

Já a taxa de juros mais baixa tem o cenário contrário, a redução na rentabilidade dos investimentos faz com que as pessoas que possuem dinheiro guardado invistam na compra de imóveis e/ou empreendimentos.

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