Vem aí Quod, o novo órgão de proteção ao crédito

Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal anunciam que vão lançar o Quod, novo concorrente da Serasa Experian, Boa Vista SCPC e SPC Brasil.

Um grupo norte-americano que já opera bureaus de crédito nos Estados Unidos, Canadá e México – LexisNexis Risk Solutions – fornecerá o sistema tecnológico para o Quod, bureau de crédito controlado por Itaú, Bradesco, Santander, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. A nova empresa de proteção ao crédito deve começar a operar ainda em 2018.

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Quod será o novo órgão de proteção ao crédito do Brasil. (divulgação)

O Quod deve começar a operar já com o Cadastro Positivo operando em toda a sua potencialidade. O cadastro positivo foi criado em 2013, mas nunca deslanchou devido à baixa adesão, visto que ele é opcional. Na Câmara dos Deputados há um projeto de lei que pode tornar o cadastro obrigatório, o que deve gerar o volume necessário para fazer o cadastro funcionar.

A promessa é de que com o cadastro positivo o consumidor seja beneficiado pelo histórico positivo de pagamentos, fazendo com que as taxas de juros sejam reduzidas. O cadastro também deve ser adotado para cálculo do Score de Crédito, pontuação que representa o risco de cada consumidor em se tornar inadimplente.

Além dos próprios bancos, o Quod também vai oferecer seus serviços para varejistas, fornecedores, administradoras de cartões de crédito, fintechs e vários outros setores da economia que oferecem produtos ou serviços que apresentem risco de inadimplência ou que demandem análise de crédito, sejam eles pessoas físicas ou empresas.

De acordo com a LexisNexis Risk Solutions, o índice médio de inadimplência acima de três meses é de 1,7% nos EUA e de 2,2% México. Segundo dados do Banco Central, o índice de inadimplência aqui foi de 4,7% em abril. A promessa é de que o novo bureau de crédito deverá disponibilizar as empresas uma análise de crédito mais inteligente através de uma base de dados robusta, o que poderá ajudar a reduzir o índice de inadimplência, além de permitir a prática de taxas de juros mais acessíveis aos consumidores que apresentam menor risco de não pagar a dívida.

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