A Reforma da Previdência é fator decisivo para que o Agibank retome IPO.
O Agibank está acompanhando o cenário político do Brasil para decidir se vai ou não lançar a sua IPO (sigla em inglês para Oferta Inicial de Ações) em 2019, o principal ponto analisado pelos executivos do banco está na aprovação da Reforma da Previdência, algo tido como essencial para equilibrar as contas públicas e, consequentemente, tornar o país mais atrativo e seguro para investidores.
Em Setembro de 2018 o Agibank oficializou a sua desistência de IPO após alegar cenários adversos no mercado, naquele ano o país enfrentou a greve dos caminhoneiros. A desistência também pode ter sido motivada pelo acirramento da concorrência.
Agora, mais preparado, pode ser que o Agibank retome a abertura de capital na B3 assim que a Reforma da Previdência for aprovada, a informação é de Paulino Ramos Rodrigues, diretor financeiro e de relações com investidores do banco.
O Agibank já tem preparado toda a documentação necessária para abrir capital na B3, afinal, em 2018 a instituição acabou desistindo do lançamento na etapa final.
CONCORRÊNCIA ENTRE OS BANCOS DIGITAIS E CENÁRIO ADVERSO EM 2018
A concorrência entre os bancos digitais e fintechs está cada vez mais acirrada. Já falamos aqui que até mesmo os varejistas estão em uma corrida para lançar alternativas aos bancos tradicionais.
Mesmo no cenário de forte concorrência o Agibank conseguiu fechar 2018 com lucro líquido de R$ 159,8 milhões, um crescimento de 24% se comparado com o mesmo período do ano anterior.
No fim de 2018 a carteira do banco somava mais de R$ 1,553 bilhão, sendo esse montante composto principalmente em crédito pessoal (68%), cartão de crédito (15%) e crédito consignado com 9%.
O Agibank, no entanto, se destaca por ter presença física em todos os municípios com mais de 100 mil habitantes, são mais de 600 agências de atendimento.
A conta do Agibank pode sair gratuita, podendo contar inclusive com cartão de crédito internacional isento de tarifa. A concessão de crédito e empréstimo pessoal é o ponto forte do banco gaúcho, esse, aliás, é o principal objetivo das mais de 600 lojas/agências, herança do Banco Agiplan.