Se tributação de dividendos for aprovada, para muitos empreendedores pode fazer mais sentido receber como Pessoa Física.
A equipe Econômica do Governo Federal insiste na volta da tributação sobre os lucros e dividendos, algo tão perigoso que pode causar uma corrida dos empreendedores para fechar empresas no Brasil. De acordo com o contador Thiago Teixeira, caso o governo tribute dividendos muitas empresas vão deixar de ter razão para existir.
De acordo com Teixeira, o encerramento de empresas em massa no Brasil é uma hipótese muito provável. “Muitos empreendedores estão receosos sobre a possibilidade da volta da tributação de dividendos e a recriação da CPMF, prevejo que muitos desses clientes vão encerrar seus negócios caso a tributação seja aprovada, principalmente aqueles em que a margem de lucro já é baixa por conta da tributação”, afirmou.
Muitos profissionais liberais abrem empresas para escapar da alta tributação como pessoa física, dentre eles, destaco: médicos, advogados, contadores, corretores de imóveis, dentistas, fisioterapeutas, mecânicos, eletricistas, pedreiros, arquitetos, dentre vários outros.
MUITAS EMPRESAS SÓ EXISTEM POR CAUSA DA ISENÇÃO DE DIVIDENDOS
Há muitos profissionais liberais que criam empresas com a única finalidade de pagar menos imposto, isso porque receber como pessoa física pode gerar uma carga tributária de até 27,5%, dependendo do faturamento.
Caso o governo volte a tributar os dividendos, dependendo do faturamento, a alíquota tributária dessas empresas pode ultrapassar em muito os 27,5%, somado a isso, manter uma empresa ainda é caro e burocrático.
Para alguns empreendedores vai fazer mais sentido receber como Pessoa Física, além de pagar menos imposto a pessoa ainda não terá que lidar com toda aquela burocracia para manter um CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica).
Embora muitos países já cobrem imposto sobre os lucros e dividendos, no Brasil como as empresas, mesmo no Simples Nacional, já pagam uma alta alíquota de imposto, essa tributação é considerada como uma bitributação, ou seja, a empresa paga imposto quando vende e paga novamente quando resolve distribuir os lucros aos sócios/acionistas.
E assim a equipe econômica vai criminalizando o lucro das empresas! São Paulo, aliás, tem um candidato que pretende estabelecer um teto de lucro para as empresas. O que pode dar errado?!?