8 em cada 10 transferências via Pix são entre pessoas físicas

Falta de clareza quanto as tarifas, dificuldade de integração e limites operacionais são empecilhos para empresas.

Nesta terça-feira (16), o Pix completou três meses de funcionamento, para comemorar o BC divulgou um levantamento que as transferências instantâneas já superaram as transferências via TED em quantidade, perdendo apenas para o valor total transacionado. O levantamento mostra que 8 em cada 10 transferências do Pix são realizadas entre pessoas físicas.

Pix, pagamentos instantâneos do Banco Central

Pix permite que consumidores realizem pagamentos e transferências 24/7 em até 10 segundos. (imagem: divulgação BC)

Assim, o Pix já conquistou a preferências das pessoas físicas, mas ainda é muito pouco utilizado pelas empresas.

Dentre os motivos que dificultam a adesão das empresas, estão:

  • Falta de clareza quanto as tarifas que serão cobradas das empresas – O principal motivo é a falta de transparência quanto as tarifas no qual as empresas estão sujeitas, embora o Pix seja gratuito para pessoas físicas, as empresas podem ser tarifadas a critério da instituição financeira. A maioria dos bancos e instituições financeiras adotou a política de isenção temporária, então as empresas não querem popularizar esse meio de pagamento antes de saberem o quanto custará após a gratuidade;
  • Limite operacional reduzido – O TED é o meio de transferência mais utilizado pelas empresas, então a maioria dos empresários já possuem um limite que atende as necessidades do negócio. Já o Pix costuma ter limite inferior ao TED e pode variar de acordo com o dia e horário. Há bancos que limitaram as transferências do Pix em 50% do limite do TED;
  • Falta de integração no sistema – Para grandes empresas a integração é fundamental. O Pix começou a ser integrado ao sistema TEF de algumas empresas recentemente, esse sistema é integrado ao caixa e ao sistema de nota fiscal. Sem a integração é muito difícil que grandes empresas adotem a modalidade;

Para popularizar o Pix entre pejotas, o Banco Central prepara o lançamento do Pix de Cobrança, tal solução promete funcionar como alternativa aos tradicionais boletos. O Pix de Cobrança permitirá a emissão de um QR Code personalizado com data de vencimento futura e a possibilidade de incluir juros, multas e eventuais descontos para pagamento antecipado.

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