Banco Central aprimora segurança do Pix

Para aperfeiçoar a segurança do Pix, BC permitirá que instituições “marquem” chaves suspeitas e compartilhem as informações com outras instituições.

O Banco Central do Brasil (BCB) está aprimorando os mecanismos de segurança do Pix, o revolucionário sistema de pagamento instantâneo do país. O órgão regulador anunciou no mês passado que, a partir do dia 5 de novembro de 2023, novos recursos de segurança serão implementados nas instituições financeiras para fortalecer a proteção do Pix.

O principal aprimoramento está na expansão do conjunto de dados que as instituições financeiras terão sobre as chaves de endereçamento do Pix. O BCB possibilitará a “marcação” de chaves Pix que apresentem suspeitas de fraude, adicionando uma camada extra de segurança ao sistema.

Este sistema de marcação permitirá às instituições monitorar de perto qualquer atividade suspeita. A partir da implementação, cada chave Pix que seja sinalizada devido a possíveis fraudes será marcada e a informação ficará disponível para todas as instituições financeiras.

Limitação / bloqueio

Em prol da segurança dos usuários, Banco Central amplia compartilhamento de informações de chaves de endereçamento do Pix entre instituições participantes, as chamadas PSPs (Provedores de Serviços de Pagamento).

Além disso, o prazo para coleta de informações será ampliado de 6 meses para 5 anos. Isso proporcionará um conjunto de dados mais significativo para as instituições financeiras, permitindo análises de segurança mais profundas e precisas, sejam elas automáticas ou não.

As marcações a serem implementadas incluem informações como o número de vezes em que uma determinada chave Pix foi marcada como suspeita de fraude por categoria de infração, como conta de laranja ou falsidade ideológica. Isso permitirá que as instituições identifiquem padrões e tomem medidas preventivas.

Outra informação disponível será a quantidade de instituições financeiras que aceitaram notificações de infrações daquele usuário e/ou chave de endereçamento. Isso permitirá que os bancos avaliem a confiabilidade de uma determinada chave Pix com base na experiência de outras instituições.

Adicionalmente, as instituições financeiras terão acesso à quantidade de contas e chaves vinculadas a um determinado usuário, seja pessoa física ou jurídica. Esse dado ajudará a identificar casos potenciais de fraude, onde um único usuário pode estar tentando manipular o sistema através de várias contas.

É importante frisar que a privacidade dos usuários será mantida. As informações só serão compartilhadas entre os Provedores de Serviços de Pagamento (PSPs), garantindo que os dados pessoais dos usuários não sejam expostos.

Em resumo, o aprimoramento da segurança do Pix pelo Banco Central é uma iniciativa crucial para manter a confiança dos usuários neste importante sistema de pagamento instantâneo. Enquanto o Pix continua a crescer em popularidade, o foco em segurança do BCB assegura que ele permaneça uma opção confiável e segura para transações financeiras.

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