Chave do Pix poderá ser CPF, e-mail, número do celular ou então um código aleatório.
Você sabe o que são as chaves de endereçamento do Pix que as instituições financeiras tanto querem que cadastre? Saiba neste artigo as vantagens de cada uma das quatro chaves do Pix: celular, CPF, e-mail ou código aleatório! Tem código para quem quer mais formalidade e até opção para aqueles que desejam mais privacidade na hora de receber pagamentos.
Para não mostrar o número completo do CPF do pagador, BC oculturá os três primeiros e os três últimos digitos do CPF. (imagem: divulgação Banco Central / tela de envio do Pix)
De modo resumido, a chave do Pix funciona como se fosse um “apelido” ou “atalho” para as suas informações bancárias. No sistema do Pix todos os seus dados serão automaticamente preenchidos assim que alguém digitar alguma chave que esteja vinculada a uma conta em seu nome.
As chaves foram criadas para simplificar o processo de transferência, pois reduzem consideravelmente o número de informações necessárias na hora de efetuar ou receber um pagamento pelo sistema instantâneo do Banco Central do Brasil.
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VANTAGENS E DESVANTAGENS DE CADA CHAVE PIX
Os quatro tipos de chaves são:
- CPF ou CNPJ;
- Endereço de e-mail;
- Número de celular brasileiro (não serão aceitos números do exterior);
- Chave aleatória (sequência alfanumérica);
Independente da chave escolhida, o consumidor poderá ainda vincular um QR Code à determinada chave para facilitar o processo de transferência. Ao criar um QR Code com o número do celular, por exemplo, essa informação poderá ser automaticamente preenchida no momento em que o pagador mirar a câmera do celular no código QR.
Por meio de um QR CODE vinculado ao CPF, CNPJ, e-mail, número do celular ou chave aleatória, o cidadão e/ou empresa poderá receber transfências mesmo sem ter uma conta bancária.
CHAVE DE CPF OU CNPJ
A chave CPF é indicada para transações financeiras que envolvam mais formalidade, tais como, recebimento de salário, compra de bens de alto valor (imóveis, automóveis), etc. Ao cadastrar o seu CPF como chave do Pix o número ficará vinculado à sua conta na instituição financeira que tem a “posse” do seu Cadastro de Pessoa Física no Pix.
O CPF será utilizado exclusivamente para contas de pessoas físicas; já as empresas (incluindo MEIs) terão que utilizar o número de CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica). Não será possível utilizar um CPF em uma conta de CNPJ, e vice-versa.
Se a pessoa que vai transferir dinheiro para você já possui o seu CPF, pode valer a pena indicar esse tipo de chave, pois ela não precisará digitar nenhum dado além do seu documento.
A principal vantagem da chave CPF é que ela garante que o titular da conta do destinatário será exatamente o mesmo do documento informado, visto que a chave CPF não pode ser cadastrada em uma conta bancária de diferente titularidade.
Assim, João só pode cadastrar a chave CPF com seu próprio documento; Maria não consegue usar o CPF de João como chave em sua conta bancária.
Diferentemente das outras chaves (celular, e-mail ou aleatória) em que parte dos números do seu CPF são suprimidas, caso o pagador informe o seu CPF completo ele poderá visualizar o número completo no ato da transferência, visto que ele já possui a numeração.
É importante salientar que embora a chave CPF seja recomendada para transações que envolvam mais formalidade, de acordo com o manual do Banco Central, as empresas não poderão exigir um tipo de chave específica, ou seja, o recebedor ficará livre para decidir se quer receber o dinheiro pelo CPF, celular, e-mail ou então através de uma chave aleatória.
A chave do CPF é a mais disputada pelos bancos pois a tendência é que ela se transforme como meio principal de recebimento dos correntistas em transações de valores elevados e também pagamento de salários.
CHAVE DE CELULAR
Talvez essa seja a segunda chave mais utilizada! O consumidor poderá vincular o número de sua conta a uma determinada conta pelo Pix. A chave CPF é indicada para transações com pessoas que já possuem o seu número de celular.
Por exemplo, transferências para contatos do WhatsApp, contatos da agenda do celular, aplicativos que utilizam o número de telefone como usuário, dentre outros.
Caso seu contato no WhatsApp já tenha o número vinculado no Pix, ele poderá receber dinheiro sem precisar lhe fornecer nenhuma outra informação pessoal, o que pode tornar o procedimento de envio e recebimento mais prático.
Ao informar um número de celular no formulário de transferência do Pix o banco informará o nome completo da pessoal no qual aquela chave pertence. Ademais, parte do número do CPF será apresentado, isso serve para evitar que o pagador transfira dinheiro para terceiros.
Para garantir que o número de celular pertence ao titular da conta, a instituição financeira enviará um SMS com um código de segurança, esse código de segurança deverá ser informado no aplicativo da instituição financeira de modo que se possa comprovar que o usuário possui a posse daquela chave.
CHAVE DE E-MAIL
Outra opção para o consumidor é vincular um endereço de e-mail à sua conta do Pix, se fizer isso qualquer pessoa que tenha o seu endereço de e-mail conseguirá lhe enviar dinheiro sem nenhuma burocracia.
A desvantagem é que qualquer pessoa que queira saber o seu nome completo e parte dos números do CPF conseguirá fazer isso ao “simular” uma transferência bancária pelo Pix para o seu endereço de e-mail.
Lembre-se que o pagador tem a disponibilização o seu nome completo e parte do CPF antes de confirmar uma transferência, isso serve para prevenir fraudes.
CHAVE ALEATÓRIA
A chave aleatória é a que oferece mais privacidade ao usuário, pelo app da instituição financeira é possível gerar um código alfanumérico (código composto de letras e número), ele pode ser “copiado e colado” no formulário de transferência ou então vinculado a um QR Code para facilitar a transferência.
Exemplo de chave aleatória:
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Ao digitar (ou usar a câmera de celular para ler o QR Code dessa chave), o pagador visualizará as seguintes informações sobre o destinatário:
- Nome completo ou Razão Social;
- CPF ou CNPJ (parte da informação será suprimida);
- Banco e/ou instituição financeira de destino dos recursos (exemplo: Banco Itaú);
A chave aleatória poderá ser de uso único ou recorrente. O consumidor poderá gerar a chave aleatória em um QR Code e utilizá-la para receber pagamentos pelo Pix sem precisar ficando gerando um novo código a cada transferência.
Por ser um código extenso, não é recomendado que o pagador digite manualmente os números e letras da chave, em vez disso ele poderá copiar e colar o código ou então usar a câmera do celular caso o código também tenha sido gerado nesse formato pelo recebedor.
Vale lembrar que o correntista poderá sempre gerenciar as suas chaves no aplicativo do banco ou instituição financeira, podendo “desvincular” a chave aleatória do Pix a qualquer momento, se assim desejar.
Ao desvincular uma chave do Pix da sua conta ela deixa de ser válida para receber pagamentos.
CONSUMIDOR PODERÁ USAR O PIX SEM CHAVE
Caso o consumidor não queira vincular o número do CPF, e-mail, celular ou então gerar um código alfanumérico aleatório no aplicativo do banco, ele poderá usar o sistema de transferência instantânea normalmente.
Quem não tiver o interesse de cadastrar uma chave poderá utilizar os dados da conta, tal como já ocorrem com as transferências via DOC e TED. A desvantagem é que o usuário sem chave precisará informar um grande número de informações, o que poderá prejudicar a experiência do consumidor com o Pix.
Dentre as informações necessárias para receber um pagamento pelo Pix sem chave, estão:
- Código do Banco e/ou Instituição de Pagamento;
- Nome da instituição financeira de destino;
- Código da agência sem o dígito;
- Número da conta (com o dígito);
- Tipo de conta: conta-corrente, poupança ou conta de pagamentos;
É recomendado a utilização de uma chave do Pix para evitar que o consumidor tenha que informar um grande número de informações pessoais. A chave aleatória oferece mais privacidade ao usuário do que o recebimento de transferência sem chave, pois, como vimos, a transferência manual demanda um grande número de informações para que o recebimento seja possível.
PORTABILIDADE DE CHAVE DE ENDEREÇAMENTO
A partir de Novembro de 2020 os consumidores e as empresas vão poder realizar a portabilidade de uma das três chaves (e-mail, CPF ou número do celular). Tal como a portabilidade de uma linha telefônica, a portabilidade da chave do Pix poderá ser feita sem burocracia junto a empresa no qual você deseja utilizar a chave.
Por exemplo, se o seu e-mail, celular ou CPF está cadastrado como chave no Itaú, nada impede que você peça a portabilidade para o Banco Original, por exemplo. Ao concluir a portabilidade a chave será vinculada à sua conta na instituição desejada.
No caso de endereço de e-mail e número de celular como chave o banco ou instituição financeira poderá exigir que você comprove que tem a posse daquela informação, para isso poderá ser exigido a digitação de um código de confirmação, tal como ocorre quando o consumidor precisa validar um e-mail ou número de celular em um cadastro de um site/app.
EM QUAL INSTITUIÇÃO FINANCEIRA CADASTRAR CADA CHAVE?
Essa é uma decisão pessoal, o consumidor deverá cadastrar as chaves pessoais (e-mail, CPF e celular) nos bancos ou instituições financeiras que deseja receber pagamentos. A boa notícia é que é possível cadastrar múltiplas chaves em cada instituição financeira.
As pessoas físicas poderão cadastrar até 5 (cinco) chaves em cada conta; já as pessoas jurídicas terão o limite de 20 (vinte) chaves em cada instituição financeira.
Um detalhe importante é que cada chave só pode estar cadastrada em uma única instituição financeira. Caso tenha vários e-mails ou números de celulares, nada impede que você cadastre cada um deles em uma instituição financeira.
Lembre-se que será possível migrar uma chave para outra instituição através da portabilidade sempre que desejar, basta acessar o aplicativo da instituição financeira no qual você deseja utilizar a chave de endereçamento.
