Conversão de compra internacional para o Real se dará pela cotação do dia da compra.
No dia 01 de Março de 2020, entra em vigor a circular 3.918 do Banco Central do Brasil (BCB), ela obriga que os bancos passem a utilizar a cotação do Real do dia da compra e não mais do fechamento da fatura.
Na prática, quem comprar em moeda estrangeira no cartão de crédito, débito, pré-pago ou múltiplo, terá o valor da operação convertido para o Real Brasileiro (BRL), exatamente no dia em que a compra foi realizada.
Gasto no exterior em Dólar, Euro ou qualquer outra moeda, terá que ser convertido para o REAL utilizando-se da cotação do dia em que a compra foi realizada; e não mais na data de fechamento da fatura do cartão de crédito. O objetivo é dar mais transparência ao consumidor e evitar que os gastos fiquem sujeitos a flutuação cambial por longos períodos.
Antes os bancos podiam utilizar a cotação do fechamento da fatura, o que deixava o consumidor suscetível a flutuação cambial do Dólar, Euro, Libra ou qualquer outra moeda em que a operação fosse realizada.
A demora na conversão das operações no exterior para o Real acabava por dificultar o controle dos gastos dos turistas, pois o consumidor tinha que aguardar o fechamento da fatura para saber qual a cotação seria utilizada pelo banco. Em muitos casos o fechamento demorava mais de 45 dias, período em que a cotação da moeda estrangeira pode variar muito para mais ou para menos.
BANCOS AINDA PODERÃO OFERTAR O MODELO ANTIGO
Embora a cotação do real do dia da compra vire praxe para todos os clientes a partir de 01 de Março de 2020, caso o banco queira poderá continuar ofertando o modelo antigo, mas a opção deverá ser uma escolha do consumidor.
O consumidor poderá entrar em contato com o banco e solicitar para que a cotação utilizada na conversão seja a da data do fechamento da fatura, mas o consumidor terá que ser alertado que essa opção deixará o usuário exposto as variações cambiais.
A boa notícia é que mesmo antes da circular do BC que impõe a cotação do dia da compra, vários bancos e administradoras de cartões de crédito já passaram a utilizar o dólar do dia da compra para aumentar a transparência dos gastos no exterior.
No modelo antigo o consumidor só não saia no prejuízo caso, por exemplo, o dólar sofresse uma grande desvalorização da data da compra ao fechamento da fatura.
