Itaú terá superapp para brigar com bancos digitais

O Banco Itaú anunciou recentemente que pretende unir seis de seus aplicativos em um único superaplicativo até o final de 2025. Dentre os aplicativos que serão migrados para a aplicação única estão: Itaú, Itaú Cartões, Credicard, Credicard On, iti e Hipercard. Embora o app principal já ofereça os principais produtos e serviços financeiros, o banco tradicional ainda possui muitos outros que são segregados; a versão de gerenciamento de cartões, por exemplo, é limitada no app principal, sendo completa apenas na versão exclusiva para gerenciamento de cartões.

Itaú no WhatsApp

Para priorizar experiência do usuário, Itaú vai investir na unificação de seus aplicativos para criar um SUPER APP. (imagem: divulgação Banco Itaú)

A ideia é que o cliente do banco privado encontre tudo em uma única aplicação, o que eliminará a necessidade de ter vários aplicativos para realizar diferentes funções. Cabe lembrar que Nubank, Banco Inter, C6 Bank, PagBank, dentre outros, já fazem tudo por um único aplicativo.

APP ÚNICO REDUZ BUROCRACIA E FIDELIZA CLIENTE

Hoje, o correntista do Banco Itaú precisa ter mais de um aplicativo instalado no celular. Há um aplicativo para a conta bancária e outro para o gerenciamento de cartão (Itaú, Credicard, Hipercard, etc).

Hoje o consumidor brasileiro prefere fazer tudo através de uma única aplicação. Além de serviços financeiros, muitos fintechs já oferecem marketplace, seguros, crédito habitacional, gift cards, investimentos, operadora de celular, dentre outros, em uma única aplicação.

Ao ter um aplicativo com muitas funções, o correntista acaba fidelizando a instituição financeira, pois consegue resolver muitas coisas em poucos cliques pelo celular.

Na China há superaplicativos onde o consumidor consegue fazer praticamente tudo através de um único aplicativo; estratégia essa que vem sendo implementada aos poucos pelos bancos brasileiros.

Em outra ponta, a Meta — dona do Facebook, Instagram e WhatsApp — também investe para trazer produtos e serviços financeiros para suas redes sociais. Vale lembrar que, recentemente, o WhatsApp começou a permitir pagamentos com cartões e até Pix.

O Mercado Livre é outro concorrente de peso para os bancos, visto que a instituição já conta com um braço financeiro, o Mercado Pago, que permite que os brasileiros façam Pix, paguem contas, recarreguem o celular e até invistam pelo app.

Inicialmente, os aplicativos Íon, o de conta pessoa jurídica do banco e a Avenue – corretora de valores mobiliários americana adquirida pelo banco – continuarão independentes.

A concorrência para os bancos tradicionais é cada vez maior, assim, a corrida pelo superaplicativo que será o mais utilizado segue forte. Cabe lembrar que não basta apenas ter um app com muitas funções, é preciso que o uso seja cada vez mais intuitivo, visto que os brasileiros valorizam cada vez mais a fluidez e a interface gráfica da aplicação.

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