Foi vítima de fraude financeira? Saiba que os bancos têm dificuldade a contestação de transações realizadas mediante a digitação de senha.
O aumento das transações bancárias pela internet tem feito com que muitos correntistas caiam em golpes, seja ele um ataque hacker ou a famosa engenharia social. A má notícia é que os bancos têm dificultado a contestação de transações por fraude, se ficar evidenciado que o cliente forneceu a senha pessoal e intransferível, o cliente só consegue brigar pelo valor na justiça.
Foi isso o que aconteceu com o aposentado João Alencar da Silva, ele conta que recebeu uma ligação de um suposto atendimento do banco: “ele [o golpista] primeiro falou meus dados pessoais e depois disse se eu reconhecia uma compra de X reais feita durante a madrugada, imediatamente neguei, foi então que ele falou que eu deveria ir até o caixa eletrônico para validar um QR CODE”. Afirmou.
A vítima acaba sendo considerada como “cúmplice” pela instituição financeira, pois ela se nega a indenizar o correntista que forneceu todos os dados para que o golpe fosse aplicativo. Felizmente a justiça tem se posicionado a favor do consumidor.
O banco se negou a efetuar a devolução para o aposentado pois, segunda a instituição, ele forneceu todos os dados da conta ao golpista, inclusive ajudou a cadastrar a chave de segurança por meio de uma conversa no WhatsApp.
Os bancos estão usando a famosa frase presente nos contratos para negar reembolsos por fraude: “A senha é de uso pessoal e intransferível”.
Ação criminal e pedido de indenização na justiça
Diante da negativa de reembolso do banco pela fraude o consumidor não pode desanimar! É preciso registrar um boletim de ocorrência para que a ação seja investigada, a partir daí o consumidor também pode entrar na justiça para tentar fazer a instituição financeira reaver o montante perdido.
Se ficar comprovado que houve falha de segurança do banco que não detectou a transação fora do perfil do correntista, a ação pode ainda gerar indenização por danos morais e materiais.
A boa notícia é que a justiça tem se posicionado a favor dos correntistas que foram vítimas de fraude, obrigando os bancos a devolver o valor que foi retirado indevidamente da conta bancária.
