Ampliar a rede de saques dos correntistas e reduzir os custos são as promessas do compartilhamento universal de caixas eletrônicos no Brasil.
O Banco Central estuda permitir que os correntistas de bancos tradicionais, de fintechs e de bancos digitais possam sacar em qualquer caixa eletrônico, mesmo que seja cliente de outra instituição financeira. Essa situação será possível caso sejam adotadas as propostas sugeridas pelo BC ao setor financeiro.
Consumidor poderá escolher sacar em qualquer caixa eletrônico, inclusive naqueles em que não possui relacionamento. Banco Central visa trazer a interoperabilidade para o Brasil e, assim, permitir o compartilhamento universal de ATMs que integram o SPB (Sistema de Pagamentos Brasileiro)
A consulta pública que regula o compartilhamento universal de caixas eletrônicos faz parte das regras do Open Banking.
O acesso universal de caixas eletrônicos promete reduzir o custo dos saques e ampliar a rede de atendimento, pois permitirá o compartilhamento de caixas eletrônicos com clientes de qualquer instituição.
Embora o BC tenha a intenção de priorizar os pagamentos eletrônicos por meio das transferências instantâneas, o Brasil ainda é um país que ainda utiliza muito papel moeda, cerca de 71% dos brasileiros utilizam o dinheiro em espécie como a principal forma de pagamento no dia a dia, daí a importância de facilitar as retiradas.
CONSULTA PÚBLICA REGULA O SETOR DE ATMs
A consulta pública aberta pelo Banco Central vai regular o setor de caixas eletrônicos no Brasil, impondo regras e limites tarifários em um setor que ainda não é regulado pelo Bacen. O documento impede, por exemplo, que as instituições financeiras imponham tarifas elevadas para saques de clientes da concorrência, pois cria uma regra que impede a diferenciação tarifária.
Caso a consulta pública não sofra grandes alterações, deve entrar em vigor já no começo do segundo semestre de 2020.
A consulta pública está aberta para comentários no site do Banco Central até o dia 14 de Fevereiro de 2019.
A novidade deve beneficiar todos os correntistas, pois o consumidor poderá sacar em qualquer caixa eletrônico disponível. Os bancos digitais e as fintechs terão mais facilidade para disponibilizar dinheiro em espécie aos correntistas, visto que poderão integrar uma rede universal de ATMs que compõem o Sistema de Pagamentos Brasileiros (SPB).
De acordo com o Banco Central, o Brasil faz parte do grupo de 15% dos países que ainda não possuem a chamada “interoperabilidade” de caixas eletrônicos, sendo o único da América Latina, senário que deve mudar já no começo do segundo semestre de 2020, desde que as medidas propostas pelo órgão regulador não encontrem muita resistência das instituições financeiras e da sociedade.
