Pix: como reverter transferência em caso de fraude

Como as transferências via Pix levam até 10 segundos, consumidor precisa agir rápido em caso de fraude.

O Pix já é um sucesso! Em um mês de operação o novo sistema de transferências do Banco Central apresenta números incríveis a ponto de surpreender positivamente o próprio órgão regulador. Infelizmente, a medida que o Pix se populariza, aumentam as tentativas de fraude envolvendo o número método de pagamento instantâneo do BC, neste artigo ensinaremos como reverter pagamentos em caso de fraude financeira.

Não são as fraudes que estão aumento no Pix, é o novo método de transferência que está se popularizando e, por consequência, fazendo com que muitos criminosos migrem para esse novo método de transferência que, aliás, é um dos mais modernos e seguros do mundo.

Pix

Criminosos usam todos os meios de pagamento para fazer vítimas; o Pix é tão seguro quanto uma transferência bancária tradicional, a diferença é que ele é um método de pagamento instantâneo.

De acordo com o Banco Central, em caso de fraude as transferências poderão ser revertidas pelas instituições financeiras, desde que haja elementos suficientes para comprovar a fraude financeira, do contrário o consumidor terá que registrar um boletim de ocorrência e/ou a justiça.

Como as transferências pelo Pix demoram, no máximo, 10 segundos, para aumentar as chances da vítima reaver o dinheiro em caso de fraude financeira o ideal é entrar em contato com a instituição no qual realizou o pagamento o mais rápido possível! O quanto antes o consumidor comunicar a instituição, maiores são as chances do usuário conseguir reverter a transferência sem ter que recorrer ao judiciário.

Dado a instantaneidade das transferências, o consumidor precisa tomar cuidado ao fazer um pagamento pelo Pix, antes da transação ser consumada é importante conferir atentamente todos os dados do destinatário dos recursos, visto que em condições normais essas transferências só podem ser devolvidas pelo destinatário.

Já em caso de fraude, as instituições financeiras e o próprio Banco Central possui mecanismos para reverter o pagamento, desde que o dinheiro ainda esteja dentro da cadeia do sistema financeiro nacional (SFN), ou seja, não tenha sido sacado ou usado em algum pagamento.

Como o Pix é centralizado no BC, as instituições financeiras e as autoridades conseguem ter o rastro de todas as transações, mesmo que o dinheiro já tenha sido transferido/gasto.

TRANSFERÊNCIAS PELO PIX PODEM FICAR RETIDAS POR ATÉ 1 HORA

Caso a instituição financeira suspeite de fraude, os pagamentos enviados e/ou recebidos pelo Pix podem ficar bloqueados por até 60 minutos, esse é o prazo para que a instituição financeira possa fazer uma verificação de segurança para constatar que não houve fraude no envio e/ou recebimento dos valores.

Note, porém, que o bloqueio de transferências por até 1 hora ainda é pouco utilizado pelas instituições financeiras, assim, o mais comum é que o dinheiro das transferências instantâneas leve, no máximo, 10 segundos para ficar disponível para o destinatário.

Assim, caso tenha caído em um golpe ou fraude financeira envolvendo o Pix, o ideal é comunicar a instituição financeira no qual o dinheiro foi transferido o mais rápido possível. Se o problema não for solucionado nesse contato a recomendação é informar a fraude também para a instituição que recebeu os valores (banco e/ou instituição de pagamento do destinatário dos recursos).

Mesmo que o problema tenha sido solucionado na comunicação a instituição de pagamento, é importante registrar um Boletim de Ocorrência (BO), pois isso permitirá que as autoridades policiais investiguem o caso.

Dicas de segurança para evitar golpes no Pix:

  • Antes de confirmar um pagamento, confirme todos os dados do destinatário – Na penúltima tela de uma transação pelo Pix você sempre poderá consultar os dados da pessoa que vai receber a transferência, o que inclui: nome completo da pessoa física ou razão social da empresa; CPF ou CNPJ; dados do banco do destinatário;
  • Cuidado com sites de classificados – Os sites de classificados são muito utilizados pelos golpistas, principalmente em anúncios de locação de imóveis por temporada, veículos e venda de dispositivos eletrônicos. Evite fazer pagamentos antecipados quando você não conhece a contraparte;
  • Cuidado com compras pelas redes sociais – Há golpistas que passam o dia criando anúncios falsos de produtos e serviços; antes de realizar um pagamento online pesquise se o negócio é idôneo;
  • Cuidado com ofertas tentadoras – Atenção especial as produtos e serviços que são ofertados por um valor muito abaixo do que é praticado pelo mercado;
  • Ao comprar em sites, confira o domínio – Há muitos sites falsos na internet, se você está comprando em uma grande rede, verifique se o domínio (endereço que aparece na barra) é realmente o do e-commerce que deseja comprar. Para confundir a vítima, muitos golpistas acabam utilizando domínios parecidos com o de grandes sites;
  • Desconfie de compras em empresa cujo destinatário do pagamento seja um Pix de pessoa física – Se você estiver negociando algo com uma empresa, o Pix jamais deverá ser feito para uma pessoa física! As empresas só podem negociar através de chaves do Pix cujo destinatário é a própria Pessoa Jurídica. Além de conferir a razão social, consumidor também deve conferir o número do CNPJ que aparece antes da conclusão da operação;

Em resumo, o Pix é um método de pagamento muito seguro. No Brasil os fraudadores utilizam todos os métodos de pagamento, há fraudes com cartões, DOC, TED e até boletos. O Pix é só mais um meio de pagamento que, infelizmente, já é utilizado pela criminalidade.

A boa notícia é que por ser um meio facilmente rastreável pelas autoridades, a tendência é que o método de pagamento não ganhe a preferência dos criminosos, justamente pela facilidade de serem descobertos.

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