BC descarta fim das transferências via DOC ou TED com a chegada dos pagamentos instantâneos.
Com a proximidade do lançamento de pagamentos instantâneos anunciada pelo Banco Central, muito se especula sobre o fim das transferências via DOC ou TED. O BC afirmou em nota que as transferências existentes continuaram existindo com o lançamento dos pagamentos instantâneos no Brasil, cuja previsão é para 2020.
Nessa semana, diversos veículos publicaram matérias com títulos anunciando o fim das transferências via DOC e TED. Nós entramos em contato com a Ouvidoria do Banco Central, o órgão afirmou que as transferências existentes continuaram existindo.
DOC CONTINUA EXISTINDO ATÉ HOJE
De acordo com o órgão, não há nenhuma previsão para as transferências via DOC ou TED deixarem de existir.
O órgão lembrou que o Documento de Ordem de Crédito (DOC) não deixou de existir com o fim do valor mínimo das transferências via TED.
Embora o DOC continue existindo, hoje a maioria das instituições acaba oferecendo apenas transferências por TED (Transferência Eletrônica Disponível), principalmente as digitais. O Banco Itaú, por exemplo, continua oferecendo as duas modalidades, mas passou a priorizar transferências por TED.
O DOC é um sistema ultrapassado pois o valor pode demorar até 2 dias úteis para chegar na conta do destinatário. Já as transferências via TED caem no mesmo dia, geralmente em questão de minutos, caso sejam enviadas em dias úteis das 6:30 às 17:00.
O custo do DOC e da TED é quase sempre o mesmo, então acaba não compensando transferir valores da primeira forma. Além disso, as transferências por DOC estão limitadas para remessas de até R$4.999,99; enquanto na TED não existe valor mínimo e nem máximo.
Tal como já noticiamos aqui, o Banco Central será o idealizador e administrador das transferências instantâneas no Brasil, o órgão regulador espera que o novo sistema de transferência seja utilizado inicialmente apenas para transações de valores reduzidos, até por questões de adaptação.
O novo sistema promete revolucionar o setor bancário no Brasil, pois ele vai permitir transferências de dinheiro até mesmo sem os dados bancários do destinatário. Será possível, por exemplo, enviar dinheiro para um e-mail ou número do celular.
Além de pagamentos instantâneos, o BC também estuda a padronização dos pagamentos por QR Code para que o método de pagamento ganhe popularidade no Brasi.
Com a popularização dos pagamentos instantâneos é natural que as transferências existentes caíam em desuso.