Em meio à crise, Governo volta a cogitar CPMF para desonerar a Folha de Pagamento

CPMF ainda é tida como fundamental para desoneração da folha de pagamento e, consequentemente, estimular a criação de empregos no país.

A equipe econômica do governo de Jair Bolsonaro – liderada por Paulo Guedes – voltou a cogitar a volta de um imposto nos moldes da extinta CPMF. O tributo seria lançado com um novo nome e incidiria sobre todas as movimentações financeiras dos mais ricos. A informação é do jornal “O Globo”.

IOF

Para conseguir aprovação para criar o tributo o Governo pode abrir mão de tributar os mais pobres e, inicialmente, tributar apenas os mais ricos.

De acordo com o veículo, Paulo Guedes estaria recogitando o tributo após a queda da Medida Provisória do Contrato Verde Amarelo, que facilitaria a contratação de jovens entre 18 e 29 anos, pois reduziria os encargos trabalhistas. Como não houve acordo para ser votado no Congresso Nacional, a MP acabou sendo revogada pelo presidente Bolsonaro.

A alíquota do imposto sobre operações financeiras seria reduzida e, no passado, já foi cogitada para ser aplicada nas duas pontas da operação, tanto de quem envia quanto daquele que recebe.

Para alguns especialistas, a criação de um imposto sobre operações financeiras poderia frear a bancarização dos brasileiros. É por isso que o Governo já cogita cobrar uma alíquota maior no caso dos saques em espécie nas instituições financeiras.

IMPOSTO SOBRE TRANSAÇÕES FINANCEIRAS É NECESSÁRIO PARA DESONERAR A FOLHA DE PAGAMENTO

Na visão de Paulo Guedes, a criação de um tributo nos moldes da CPMF é indispensável para estimular a criação de novos empregos no país.

Sem um tributo nos moldes da CPMF o governo não conseguirá reduzir os encargos trabalhistas, o que poderá agravar a crise econômica.

Como a CPMF enfrenta uma forte resistência dos parlamentares, a equipe econômica já estuda taxar apenas os mais ricos.

Embora seja essencial, na visão da equipe econômica, o tema voltará a ser debatido publicamente apenas “no momento mais oportuno“, descartando que a volta da CPMF seja debatida agora.

Colocar a CPMF em pauta agora sem o apoio do Congresso seria mais uma derrota para o governo, visto que Maia e a maioria dos parlamentares têm negado qualquer possibilidade da volta do tributo.

O fato é que Guedes deve enfrentar resistência do próprio presidente Jair Bolsonaro, pois ele já repudiou publicamente várias vezes a tentativa de recriação do tributo.

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