Adoção do Pix entre pessoas físicas surpreende. 1 em cada 4 brasileiros já utilizaram o Pix.
No último sábado (16), o Pix do Banco Central completou exatos dois meses de operação, de acordo com os números divulgados pelo BC, a adoção do sistema de pagamento instantâneo é surpreendente. Cerca de 1/4 dos brasileiros já fazem uso do Pix; se levarmos em conta apenas a população acima de 14 anos, as transferências instantâneas já são utilizadas por quase 35% da população financeiramente ativa.
A adoção dos pagamentos instantâneos surpreendeu o próprio Banco Central. Em dois meses de funcionamento o sistema já é utilizado por um em cada quatro brasileiros.
Embora a rápida adoção do Pix por Pessoas Físicas surpreenda, entre as empresas o método de pagamento ainda não é tão popular, apenas 5% das chaves de endereçamento pertencem as pessoas jurídicas, o que mostra que as empresas ainda resistem a adoção da nova tecnologia.
Nos dois meses foram movimentados um total de mais de R$ 203 bilhões, em 237 milhões de operações.
Foram registradas 147 milhões de chaves do Pix cadastradas, sendo que o número total de usuários únicos atingiu a marca de 56 milhões de pessoas. O número de chaves cadastradas é maior que o número de usuários pois os consumidores conseguem cadastrar mais de uma chave de endereçamento em cada conta bancária.
No caso das pessoas físicas, é permitido até 5 chaves por conta bancária; já as empresas podem cadastrar até 20 chaves por conta jurídica.
De acordo com o contador Maurício Villar, a medida que o Pix se popularize a tendência é que o meio de pagamento seja adotado pelas pessoas jurídicas. Hoje, as empresas se sentem inseguras em utilizar o Pix por conta das incertezas quanto as taxas que serão cobradas dos empreendedores, visto que a maioria das instituições financeiras ainda não divulgaram as taxas que serão cobradas.
Para as pessoas físicas e MEIs o Pix é gratuito; já para as empresas pode haver a cobrança de tarifa, mas, por ora, muitas instituições financeiras optaram por não cobrar tarifa também dos clientes corporativos, visto que o uso dos pagamentos instantâneos ainda não se popularizou como meio de pagamento.
Para empresas, a cobrança do Pix pode ser tanto no envio quanto no recebimento dos valores.
O Banco Inter anunciou recentemente que não cobrará tarifa das empresas.
Ao longo de 2021 o Pix deve ganhar novos recursos, dentre os quais: pagamento por QR Code Offline, Pix de Cobrança, Saque Pix, Pix Garantido, Pix Agendado e Pix por Aproximação via NFC.
